Artigos Halal

Conteúdos completos de artigos dos conceitos islâmicos.

Finanças Halal

O sistema bancário islâmico tem a mesma finalidade que bancário convencional: ganhar dinheiro para o instituto bancário, emprestando capital.

 Mas esse não é o único propósito, já que a adesão à lei islâmica pretende garantir um jogo justo e, também, ser o cerne do sistema bancário islâmico. Por exemplo, o Islam proíbe o empréstimo de dinheiro a juros, no entanto, um modo de evitar esse mal foi criar as regras islâmicas sobre transações (conhecido como Fiqh al-Muamalat). 

O princípio básico do sistema bancário islâmico é de partilha de riscos que é um componente do comércio, em vez de transferência de risco que vemos no sistema bancário convencional. Dessa forma, o sistema bancário islâmico introduz conceitos como: participação nos lucros (Mudharabah), custódia (Wadiah), joint venture (Musharakah), o custo de mais (Murabahah) e leasing (ljar). 

Assim, o sistema bancário islâmico é restrito a operações islamicamente aceitáveis, excluindo as que envolvem álcool, carne de porco, jogos de azar, cigarros etc. O objetivo do sistema é se engajar, apenas, em investimentos éticos e morais de compras.

Aspectos alergênicos dos produtos suínos 

É consenso que produtos suínos sejam agressivos, tanto que são evitados formalmente em situações delicadas tal como puerpério, infância, pós-operatórios, quadros infecciosos etc. 

O grupo humano de maior longevidade amplamente reconhecida estão relacionados a cultura helênica onde os suínos estão fora dos parâmetros alimentares. Possivelmente este fator é muito mais importante para induzir longevidade do que o atribuído ao consumo alimentar de óleo. 

Os subprodutos encontram-se tradicionalmente disseminados em nossa cultura alimentar, de forma subliminar. Possuem significado especial quando vistos sob o prisma antigênico, sendo extremamente alergênicos (estimulam a formação de anticorpos). Atualmente o desenvolvimento dos produtos químicos de uso doméstico tende a incorporar suínos na forma de glicerol. 

A seguir citamos alguns produtos contaminados com suínos, com o intuito de auxiliar aqueles que querem livrar-se desta agressão camuflada: 

Embutidos. Praticamente todos têm alguma proporção de suínos, muitas vezes misturados com equinos. Até na linguiça de frango a "tripa" é de porco. Para ratificar eis os mais frequentes: salsicha, linguiça, mortadela, presunto, salame, chouriço. 

Pão comum (francês, bengala, etc.). 50% das dezenas de padarias que investigamos pessoalmente utilizam banha de porco na composição dos seus produtos, especialmente os crocantes como a massa folhada e os doces confeitados (glacê pode conter banha). 

Salgadinhos sabor bacon ou presunto. Aqui vai uma forma de contaminação curiosa, pois o artifício de aromatizar as prateleiras de salgadinhos nos supermercados com Spray de "bacon" pode desencadear reações nos transeuntes mais sensíveis. Massas recheadas tipo lasanha, ravióli. Geralmente contém subprodutos suínos. Sanduíches. Geralmente contém lascas de bacon ou são preparados na mesma chapa onde foram fritos produtos suínos. 

Churrascos. Geralmente são mesclados com carne suína ou recebem o gotejamento de produtos suínos localizados em andares superiores dentro da churrasqueira. Lembrar que as carnes distribuídas nos açougues estão em geral contaminadas com suínos ao serem manuseadas com as mesmas lâminas e nos mesmos cepos. 

Pratos compostos tipo farofa, risoto, maionese, saladas, bife rolê, feijão. Muitas vezes contém presunto ou bacon picado. Bom lembrar que em verduras cozidas e sopas é usual "tempero" com bacon. 

Banha como substituto do óleo. Muito utilizada em restaurantes comerciais e industriais assim como em alguns ambientes domésticos. Chocolates. Quando trazem "gordura animal" entre os ingredientes estampados no rótulo. 

Gelatinas. São preparadas com raspas de couro animal, em alguns casos usando suínos, como por exemplo, os produtos "Otker". As cápsulas de medicações e complementos nutricionais são compostas com proteínas animais. 

Queijos. Aproximadamente 20% dos queijos são preparados com "coalho" suíno, e outro tanto com coalho transgênico. Coalho ácido, assim como leite proveniente de animais que não utilizam rações seriam os insumos adequados para a fabricação de queijo saudável. Este padrão de qualidade é mantido há anos nas marcas "Tradição" e "Porto Belo", provenientes de Rondônia e disponíveis em grandes redes como o "Pão de Açúcar". Na Região de campinas, o "Dalbem" oferece continuamente estes produtos. 

Fatiados. Lembrar que as lâminas nos estabelecimentos comerciais geralmente estão contaminadas com produtos suínos. 

Sorvetes de massa. A maioria das empresas produz a massa do sorvete com mais de 50% de gordura. Parte desta gordura pode ser suína. A investigação por anos a fio tem mostrado que a composição varia com o passar do tempo, com a oferta dos insumos, assim como os métodos de fabricação. Algumas marcas chegam a assegurar por um determinado período que não utilizam gordura suína. 

Sabonetes, sabão em pedra e pasta dental também sugerem contaminação com lípides suínos. Sabões que utilizam somente gordura vegetal são mais seguros. 

Glicerina, compondo alimentos, bebidas, cosméticos, medicamentos, produtos de limpeza, têxteis. 

Gordura Vegetal Hidrogenada, ainda não conseguimos esclarecer se fazem mistura com produtos animais durante os processos de fabricação, no entanto vale a pena lembrar que grande parte da gordura vegetal hidrogenada é composta de óleo de soja, sendo atualmente transgênica.


Cosméticos Halal gera grandes oportunidades

Com um mercado Global de produtos Halal que já ultrapassou a barreira de dois trilhões de dólares, em especial o setor de cosméticos e cuidados pessoais acompanha estes números sendo estimado em 26% e demonstrando grande potencial de crescimento.

A Europa é o maior produtor mundial de produtos cosméticos, seguido pelos Estados Unidos e Japão. Do total de vendas globais projetadas cosméticos no valor de € 126 bilhões em 2007, o mercado europeu tem a maior quota, aproximadamente 55%.

Em 2007 o mercado de cosmético movimentou no oriente Médio, 2.1 bilhões de dólares, a Arábia Saudita sozinha, movimentaram 1.3 bilhões dólares, o crescimento está também sendo espelhado para os produtos de cuidados pessoais, que por sua vez está sendo conduzido pelo conhecimento crescente dos consumidores muçulmanos em relação aos ingredientes utilizados e da forma de como são produzidos.

O surgimento de cosméticos Halal no mercado da beleza mundial, com uma proposta que enfatiza apelos universais de valores para consumidores muçulmanos.

Na verdade o que realmente está impulsionando a demanda da indústria é o fato de que a população muçulmana é agora dominada por um grupo demográfico de jovens profissionais, aderente e dinâmico. Eles são uma nova geração que abraçar o seu estilo de vida islâmico e são geralmente bem informados quando se trata de preservar o conceito Halal como parte de sua vida diária.

Analistas já preveem que os cosméticos Halal será o próximo levante comercial na economia islâmica após alimentos Halal e finança.

Curiosamente, cosméticos Halal também estão ganhando impulso entre os consumidores modernos de uma eco-ética consciente. Atualmente empresas que comercializam através de plataforma on-line, difundindo a comercialização de cosméticos Halal como uma escolha atrelada a segurança, pureza e limpeza.

Este novo desenvolvimento, certamente, contribui para aumento significativo potencial no mercado de cosméticos Halal sinalizando uma mudança rápida na preferência dos consumidores na tomada de sua decisão na compra de produtos de beleza.

Na Europa, o maior produtor mundial de cosméticos, a receita para vendas de cosméticos naturais está previsto chegar a dois bilhões e quatrocentos milhões de dólares.

OGM são aceitos como Halal

Os produtos de biotecnologia são aprovados como Halal de acordo com a Jurisprudência Islâmica, alimentos derivados da biotecnologia de cultura melhorada (OGM) são Halal e liberados para consumo por muçulmanos.

OGM deve cumprir com as exigências de segurança alimentar e proporcionar benefícios à agricultura. Até o moment não houve nenhuma evidência científica que comprove que os alimentos geneticamente modificados são prejudiciais para a saúde humana.

Os alimentos derivados da biotecnologia culturas melhoradas (OGM) somente serão Haram (ilícito, proibido), se comprovado através de resultados da investigação cientifica de que o produto é perigoso para a saúde, venoso, intoxicante e se conter DNA de elementos proibidos pela jurisprudência islâmica.

Os princípios da Halal (lícito) determinados para a categoria de OGM, conforme a orientação do Alcorão em Hadith: Não conter quaisquer peças ou produtos de origem animal que são proibidos no Islã;

Não conter quaisquer peças ou produtos de origem animal que são admissíveis no Islã sendo que não foram abatidos conforme a sharia;

Não conter qualquer componente de Najs, ou produzido por ferramentas ou equipamentos contaminado por Najs (sujidades, impurezas, contaminantes);

Não deve conter derivados de seres humanos;

Não deve ser perigoso para a saúde, não venenoso e não intoxicante;

Durante a preparação de produtos, processamento, embalagem, armazenamento e transporte Halal são separados a partir de qualquer outro produto que não satisfaça as condições mencionadas.



RESOLUÇÃO

As culturas biotecnológicas e produtos foram submetidos a testes intensivos de segurança alimentar e ambiental e são aceitáveis ??no mundo islâmico como Halal, desde que as fontes sejam Halal.

Alimentos orgânicos de conceito Halal

São os alimentos produzidos sem a utilização de agrotóxicos e que não tenham sofrido alteração genética com uso de elementos ilicitos proibidos pela jurisprudencia islâmica (OGM). Um alimento orgânico Halal beneficia uma cadeia integralmente lícita. 

Gera benefícios na conscientização dos agricultores com o equilíbrio sustentável do uso do solo e seus recursos naturais respeitando o meio ambiente. Respeitar a natureza é a maneira mais sabia de louvar a criação e ensinamentos de Deus. 

O cultivo, manejo e retirada do produto da terra deve ser da forma mais natural possível. Os frutos e legumes orgânicos Halal, além de mais saborosos beneficiam a saúde, muitas doenças como o câncer tem ligação na alimentação de produtos contaminados com agrotóxicos. 

Produtos orgânicos geralmente não são visualmente bonitos como os de cultivos por processos modernos. Em relação a valores nutricionais, não se diferem do não orgânico. 

Os alimentos orgânicos são produzidos de forma a minimizar ao máximo a agressão aos recursos naturais. Por não utilizarem produtos tóxicos, o risco de contaminação do solo e dos lençóis freáticos é quase inexistente.

Para reconhecer o alimento orgânico à legislação brasileira determina que todo produto comercializado deve apresentar o selo de garantia orgânica em sua embalagem ou rotulo e ou por cadastro do produtor orgânico familiar. 

Os produtos orgânicos podem a principio ser um pouco mais caro, sendo que, seus benefícios são maiores contribuindo para uma vida mais saudável.

Em nossa visão também é aceito a introdução de culturas geneticamente modificadas no processo orgânico sendo que devera estar de acordo com a jurisprudência. 

“No Alcorão Sagrado Deus determina que todos muçulmanos pratiquem condutas licitas e que se alimentem de produtos lícitos assim preservando sua qualidade de vida e saúde.” 


Surata 2 versículos 168

“Ó humanos! Comei, do que há na terra, sendo lícito e benigno; e não sigais os passos de Satã. Por certo, ele vos é inimigo declarado.”. 

Surata 2 versículo 172

“Ó vós que credes! Comei das coisas benignas que vos damos por sustento, e agradecei a Deus, se só a Ele adorais.”.

Halal vai muito além do Abate

O conceito Halal é usado em todas facetas da vida. Utilizamos este conceito para questões que dizem respeito a alimentos e produtos industrializados.

A Sharia determina que questões relativas halal e haram devem ser submetidas ao contexto do Corão e da sunna (tradição e orientação do profeta).

Nós nos alimentamos diariamente de produtos com ingredientes que se escondem em nomes de difícil interpretação. Devemos solicitar dos fabricantes a real composição dos alimentos, assim como, a descriminação de sua fonte de origem. Dentre esses produtos estão biscoitos, queijos, imbutidos, doces etc., que podem conter inúmeros ingredientes ilícitos: desde derivados de suíno, até cabelo humano, insetos, álcool etc.

Existem produtos, que ao olhar dos consumidores, são considerados lícitos. Isso é um erro gravíssimo, uma vez que um produto halal pode ser contaminado por outro haram, dependendo do ingrediente utilizado. Em nossa visão, todos os alimentos e produtos industrializados são considerados Mashbooh (duvidosos) até que se possa comprovar que sua origem e processo, consistem em alimentos halal ou haram.

Os mecanismos, que formam o sistema halal, envolvem desde a cadeia produtiva até o resultado final e seguem requisitos básicos, como o manejo consciente da terra e meio ambiente, que incluem o uso de agrotóxico legal, tratamento de efluentes, higiene funcional, equipamentos, processamento com produtos halal, armazenamento etc.

Essas exigências trazem um grande impacto positivo a todos. O consumidor obtém alimentos mais saudáveis e os fabricantes ganham mais clientes com maior potencial de compra.

O consumidor deve estar atento aos produtos certificados que tenha em sua embalagem o selo halal de garantia. Deve informar-se se tal instituição existe e se é reconhecida mundialmente para evitar fraudes.

O certificado Halal e selo de garantia de uma instituição de credibilidade ira facilitar a vida do consumidor muçulmano e oferecer a garantia de conformidade dos produtos em relação à Jurisprudência Islâmica.

A proibição de se alimentar do suíno

Existem inúmeros motivos que demonstram a impureza da carne de porco. Atualmente, a ciência constata a presença de inúmeros males provenientes da ingestão da carne de porco.

Existem inúmeros versículos no Alcorão que indicam a proibição do consumo da carne suína, por exemplo: surata 2 versículo 173, “Ele vos proibiu, apenas, a carne do animal morto, e o sangue, e a carne de porco, e o que imolado com invocação de outro nome que não seja Deus.”

Em outras religiões monoteístas, como a dos judeus e cristãos, também existe tal proibição em Deuteronômio 14:8.“Também porco, porque tem cascos partidos, mas não rumina, não deveis comer nenhuma carne sua e não deveis tocar nos seus cadáveres.”

O porco é um animal que carrega em sua carne inúmeros organismos com grande quantidade de toxinas, vermes e moléstias que são capazes de gerar inúmeras doenças. 


A cisticercose suína é uma doença parasitária originada a partir da ingestão de ovos de Taenia solium, cujas formas adultas têm o homem como hospedeiro final; normalmente, os suínos apresentam apenas a forma larval (Cysticercus cellulosae). O quadro clínico da teníase no homem pode acarretar dor abdominal, anorexia e outras manifestações gastrointestinais.

A teníase, no entanto, pode conduzir à cisticercose humana, cuja localização cerebral é a sua manifestação mais grave, podendo levar o indivíduo à morte.

Relatos de Epidemia na Ásia

Autoridades declaram que infecção bacteriana está atacando criações de suínos.

Governo ordenou abate de rebanhos e restrição de vendas de carne na região.

Um surto de doença febril já causou 19 mortes nas cidades de Ziyang e Neijiang, na província de Sichuan, na China. O diagnóstico oficial é que estamos diante de um surto de Streptococcus sui, uma bactéria endêmica em áreas de criação de suínos. Apesar de preferencialmente infectar animais, a contaminação de humanos acontece eventualmente.

O surto começou há um mês, com mais de 80 casos confirmados. Segundo as autoridades locais, no momento, além das 19 mortes, 17 pacientes estão internados em estado grave. Todas as vítimas eram fazendeiros que abatiam ou processavam carne de porco em suas propriedades.

Muitas vezes as fábricas que processam carne de porco rejeitam animais, por apresentarem sinais de infecção, e os fazendeiros resolvem fazer o abate e a distribuição da carne sem os mesmos critérios higiênicos.



Alerta

O problema colocou o governo chinês e as autoridades sanitárias internacionais em estado de alerta. A preocupação inicial era que se tratasse de um novo surto de gripe aviária. A partir do diagnóstico da infecção bacteriana, o governo ordenou o abate de toda criação suína nas áreas contaminadas. Além disso, está proibido o comércio e saída de produtos dessa região para Hong Kong e Macau.

Os sintomas da infecção pela bactéria do porco são: febre, dores de cabeça e, nos casos mais graves, meningite e septicemia. Em todos os casos a contaminação se deu pelo contato direto com a carne de porco infectada. Não existem evidências de transmissão direta entre humanos. 

O último surto causado por essa bactéria assolou o Sudeste Asiático em 2005. No caso atual mais da metade dos pacientes foi atendida em estado grave, e a letalidade tem sido muito alta. O esforço do governo central em identificar os focos da epidemia, destruir as criações infectadas e bloquear os canais de comercialização não se deve só à proximidade dos Jogos Olímpicos. É importante proteger o rebanho suíno do país, que está entre os maiores produtores de carne de porco do mundo.

Respirar cérebro de porco ‚ causa de misteriosa nova doença neurológica

Enfermidade causa inflamação nos nervos da coluna e dor intensa. Causa é exposição ao processo de retirada de cérebros suínos em fábricas.

O título aí de cima soou estranho para você? Pois não houve erro, é isso mesmo. Um grupo de médicos americanos anunciou nesta quarta-feira (16) a descoberta de uma nova doença neurológica, que causa inflamação nos nervos, dor intensa e dificuldade de movimentos. Extremamente rara, a enfermidade parece só atingir pessoas que trabalham na extração de cérebros de porco e respiram sem qualquer proteção.

Eu sei o que você está pensando. “Mas por que diabos alguém ia querer extrair o cérebro de um porco?” Bom, embora pareça meio esquisito, o cérebro suíno é alimento em muitos países da Ásia. No Ocidente, é extremamente raro você ver esse tipo de prato no cardápio, mas algumas fábricas de processamento de carne suína nos Estados Unidos exportam cérebros para o mercado asiático. E foram nelas que os primeiros casos, detectados recentemente, começaram a aparecer.

A doença ainda não tem nome “oficial”. Os médicos se referem a ela como “neuropatia inflamatória progressiva”. “Sabemos que não é um nome dos melhores, mas é tudo o que sabemos até agora. Com certeza teremos um nome no futuro, apenas não sabemos qual será”, explicou um dos autores da descoberta, o neurologista Daniel Lachance, da Mayo Clinic, em Rochester, nos EUA.


Respirando picadinho

A investigação sobre a enfermidade ainda está em andamento, mas os médicos já sabem algumas coisas. Ela é causada pela exposição ao processamento de carne de cérebro suíno através de ar comprimido e parece surgir quando pequenos pedaços do tecido cerebral entram em contato com o organismo humano. A única possibilidade de isso acontecer, uma vez que os funcionários usam luvas e não comem a carne, é pela respiração.

Os sintomas surgem rapidamente, em questão de semanas. “Tenho um caso de uma mulher que nunca trabalhou, apenas criou os filhos. Ela decidiu procurar um emprego e começou a trabalhar na extração de cérebros em setembro. Em semanas, ela apresentou os primeiros sintomas. Em dezembro, já estava em tratamento comigo”, diz Lachance.

Em comum, todos os pacientes relataram dor intensa, fraqueza e fadiga. Além disso, eles apresentaram formigamento e falta de sensibilidade nos braços e pernas. Os sintomas, segundo a equipe de Lachance, surgem porque a doença inflama os nervos da coluna. A inflamação, por sua vez, surge como uma resposta do sistema imunológico à exposição ao cérebro suíno.


Casos nos EUA

Ao todo, 18 casos da doença foram localizados em uma fábrica no estado americano de Minnesota. Há outros seis casos suspeitos, sob investigação, cinco em uma fábrica em Indiana e um no Nebraska. Das 18 pessoas afetadas, metade são mulheres e metade homens, com idades que variam dos 20 aos 54 anos. A única coisa em comum que os pacientes tinham era o fato de todos trabalharem no mesmo local.

De acordo com o levantamento feito pelo governo americano, essas parecem ser as únicas unidades que fazem retiradas de cérebros no país. O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos está trabalhando com a Organização Mundial de Saúde para encontrar outras fábricas em outros países. “É um procedimento extremamente raro”, explicou o neurologista do CDC, James Sejvar.

As análises iniciais indicam que não há qualquer perigo no consumo de carne de porco, nem mesmo do cérebro. A doença parece surgir apenas em casos de exposição direta ao processo de extração. Também não há indícios de que exista contaminação de pessoa para pessoa, nem de que os animais estivessem doentes antes do abate. “Ainda sabemos muito pouco, mas estamos investigando. Daqui a alguns meses poderemos ter coisas completamente novas”, disse Lachance.

As escrituras são verdadeiras ao proibir o consumo deste animal em seu contexto demonstra que existem muitas doenças e males provenientes do suíno que serão descobertas.

O Consumo de bebidas alcoólicas

O consumo de álcool não é recomendado por motivos nutricionais e sociais. O álcool, droga cuja ação é responsável pela depressão do sistema nervoso central, causa alterações comportamentais e psicológicas, além de importantes efeitos metabólicos. O seu consumo em excesso pode provocar problemas como violência, suicídio, acidentes de trânsito, causar dependência química e outros problemas de saúde como desnutrição, doenças hepáticas, gastrointestinais, cardiovasculares, respiratórias, neurológicas e do sistema reprodutivo. Interfere também no desenvolvimento fetal e ainda aumenta o risco de desenvolvimento de vários tipos de câncer (INTERNATIONAL AGENCY FOR RESERACH ON CANCER, 1988; PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2005).

Os efeitos prejudiciais do álcool são independentes do tipo de bebida e são provocados pelo volume de álcool (etanol) consumido.

Além das conseqüências acima relatadas, o consumo de álcool, em longo prazo, dependendo do número de doses, freqüência e circunstâncias, pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo. Desta forma, o consumo inadequado do álcool, aliado a sua aceitação social, é um importante problema de saúde pública, acarretando altos custos para a sociedade e envolvendo questões médicas, psicológicas, profissionais e familiares (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, 2005).

As bebidas alcoólicas contêm pouco ou nenhum nutriente. Incluem cervejas e vinhos, consideradas fermentadas, cujo volume de álcool (etanol) varia de 4 a 7% e de 10 a 13% respectivamente; e as bebidas alcoólicas destiladas - como a aguardente (cachaça), vodka e uísque, que contêm 30-50% de volume de álcool. Cada grama de etanol contém 7 calorias (Kcal) (WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997).

O álcool exaure o corpo de vitaminas do complexo B e também de ácido ascórbico (vitamina C), afetando desta forma, negativamente o estado nutricional das pessoas. Os indivíduos dependentes de álcool, cuja alimentação é geralmente deficiente, podem sofrer de beribéri e escorbuto, provocados, respectivamente, pela deficiência de tiamina (vitamina B1) e ácido ascórbico, entre outras doenças carenciais (SIMONE, 1994).

Por outro lado, consumidores de grandes quantidades de álcool normalmente têm alterações no fígado e perdem a capacidade de utilizar o álcool como fornecedor de energia; adicionalmente, muitos se alimentam inadequadamente, o que explica porque essas pessoas, cuja maior parte da ingestão de energia vem principalmente de bebidas destiladas, são muitas vezes magras (JAMES, 1993; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2000 d).

O álcool tem sido associado a vários tipos de câncer, embora os mecanismos dessa ação não estejam completamente esclarecidos. Em 1988, a Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) classificou o álcool como um carcinógeno para câncer de boca, faringe, laringe, esôfago e câncer primário de fígado. O índice de câncer entre os bebedores é preocupante, quer por ação tópica do próprio álcool sobre as mucosas, quer por conta dos aditivos químicos de ação cancerígena que entram no processo de fabricação das bebidas (WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, 2005). Adicionalmente, os estudos evidenciam que o risco do câncer de mama também está associado ao consumo de bebidas alcoólicas (LONGNECKER, 1994; WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997).

O consumo regular de álcool na quantidade de três a quatro doses por dia, ou mais, aumenta o risco de hipertensão e acidente vascular cerebral, de câncer da boca, garganta, esôfago e cólon e também o risco de câncer no fígado como conseqüência da cirrose hepática (JAMES, 1993; INTERNATIONAL AGENCY FOR RESERACH ON CANCER, 1988; WORLD CANCER RESEARCH FUND, 1997); esse risco aumenta se associado a outros hábitos não saudáveis, como o tabagismo.

O álcool pode causar dependência e afeta as funções mental, neurológica e emocional. A ingestão regular de bebidas alcoólicas induz ao esquecimento e aumenta o risco de demência.

Uma grande proporção de acidentes, ferimentos e mortes em casa, no trabalho e nas estradas, envolvem pessoas afetadas pelo álcool. No Brasil, o álcool está associado à maioria dos casos de violência doméstica e ao desemprego crônico (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999a). Dados de São Paulo indicam que cerca de 50% dos homicídios e também cerca de 50% das mortes causadas por acidentes de carro estão relacionados com o consumo de álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999b). Esses valores são comparáveis com as estimativas da América do Norte e na Europa em que 30% dos homicídios, 45% de mortes por incêndios e 40% de acidentes nas estradas são relacionados com o álcool (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1995a, 1995b; 2000c).

Outro estudo, em São Paulo, identificou as “brigas de bar” ou o “álcool” como as principais razões para 12,6% dos homicídios (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999a). Outro estudo em Salvador, Bahia, verificou que um em cada quatro condutores de carros relatou ter sofrido acidente com carro, dos quais 38% admitiram que haviam bebido antes do acidente (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999b).

Os números atuais de morte por homicídio no Brasil são cerca de 40.000 por ano e 30.000 são mortes provocadas por acidentes de carro, taxa alta em comparação com outros países. Essa é a taxa mais alta do mundo (MURRAY e LOPEZ, 1996).

O consumo de álcool é medido por doses. A quantidade de etanol contido em cada dose varia entre os países: no Brasil, por exemplo, cada dose de bebida alcoólica representa 14g de etanol enquanto que na Austrália esse valor é de 10g. Para se calcular a quantidade de etanol consumida por um indivíduo, é necessário considerar outros aspectos, além do número de doses. O teor alcoólico das bebidas varia não somente entre os diferentes tipos de bebidas, de acordo com seu processo de fabricação, como também entre bebidas do mesmo tipo.

O consumo de tabaco

A maioria das orientações sobre alimentos, nutrição e saúde aborda, concomitantemente, o uso do tabaco, uma vez que o consumo do cigarro ou outros produtos derivados do tabaco são prejudiciais à saúde e mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano no mundo, 200 mil no Brasil (PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2002). 

Dessa forma, não há mais razão para considerar o consumo de cigarros, charutos e outros derivados do tabaco como uma mera opção comportamental ou um estilo de vida. Hoje, o tabagismo é amplamente reconhecido como uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso inserido na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial da Saúde, e que expõe continuamente os usuários dos produtos de tabaco a cerca de 4.700 substâncias tóxicas, sendo 60 delas cancerígenas para o ser humano (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1999c). 

Esta exposição faz do tabagismo o mais importante fator de risco isolado de doenças graves e letais. São atribuíveis ao consumo de tabaco: 45% das mortes por doença coronariana (infarto do miocárdio), 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema), 25% das mortes por acidente vascular cerebral e 30% das mortes por câncer. É importante enfatizar que 90% dos casos de câncer de pulmão ocorrem em fumantes (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005) 

O tabagismo também é hoje considerado uma doença pediátrica, pois 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos e a média de idade da iniciação é 15 anos. A cada dia cerca de 100.000 jovens começam a fumar no mundo e 80% deles vivem em países em desenvolvimento (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). A partir da década de 70, começaram a ser divulgados resultados de pesquisas que indicam que, além dos riscos para os fumantes, as crianças expostas à fumaça de tabaco ambiental apresentavam taxas de doenças respiratórias mais elevadas do que as que não se expunham (REPACE; ACTION ON SMOKING AND HEALTH, 2003). 

Estudos mais recentes mostram que não fumantes cronicamente expostos à fumaça do tabaco têm 30% de risco de desenvolverem câncer de pulmão e 24% de risco de desenvolverem doenças cardiovasculares do que os não fumantes não expostos. Nos EUA, estima-se que a exposição à fumaça do tabaco é responsável por cerca de 3 mil mortes anuais devido ao câncer de pulmão entre não fumantes (REPACE; ACTION ON SMOKING AND HEALTH, 2003). 

As mulheres e as crianças são os grupos de maior risco, em função da exposição passiva no ambiente doméstico. Além disso, os efeitos do tabagismo passivo também decorrem da exposição no ambiente de trabalho, onde a maioria dos trabalhadores não é protegida da exposição involuntária da fumaça do tabaco, pela ausência de regulamentações de segurança e de saúde nos ambientes de trabalho. Na atualidade a Organização Mundial de Saúde considera a exposição à fumaça do tabaco como fator de risco ocupacional (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2005). 

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo sistematiza quatro grandes grupos de estratégias: o primeiro voltado para a prevenção da iniciação do tabagismo, tendo como público alvo, crianças e adolescentes; o segundo, envolvendo ações para estimular os fumantes a deixarem de fumar; e um terceiro grupo no qual se inserem medidas que visam proteger a saúde dos não fumantes da exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados; e, por fim, medidas que regulam os produtos de tabaco e sua comercialização (BRASIL, 2003g). 

Em 15 anos, as ações desenvolvidas reduziram a proporção de fumantes na população brasileira, de 32% em 1989, para 19% em 2003. Esta taxa é similar às encontradas atualmente nos Estados Unidos e Canadá, países líderes no controle do tabagismo (BRASIL, 2003g).

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